domingo, 22 de novembro de 2009

A desmestificação


Caros Leitores, conto aqui a verdade sobre esse fato.
Relatado a mim por fonte confiavel, Uma amiga da costureira da criadora de animais que vendeu o cachorro ao pastor da paróquia de Graúna, contou do que realmente ocorreu com um velho Homem chamado Jonas.

A verdade é que ...
Jonas se cansou dessa vida medíocre,e se trancou dentro do estômago de uma baleia.


Pobre homem ... vendeu-se a ilusão de fugir.
Lá havia o mesma quantidade de acidez, mas naquele local não se chamava egoísmo, só suco estomacal.
Havia a solidão de se sentir nada diante da pequenisse de si mesmo. Afinal, era uma baleia Azul.
Havia a existência de Milhares de Krills, seres minusculos que na sua vida mesmo só faziam volume, e iam e vinham sem parar, sem significar.

Digo a Jonas, com resquicio de desdém:
"Grande decisão seu mané! Tudo isso eu faço aqui, e não preciso ficar sem ver Tv com sinal em HD".









Laís Castro.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

O Ermitão da Cidade.





Depois que veio até essa porta uma mulher, não me lembro se era bonita ou não, mas ela trazia veneno nas palvras, me lembro que ela não fez questão de entrar, eu era apenas observador escondido em outro quarto. Quando ela chegou, ele não percebeu nenhum perigo nenhum mas ela iniciou o discurso numa maneira tão amiga.
Ela disse, pra onde é que vc corre toda noite entre suas quatro paredes? Onde vc esconde sua dor na sua cabeça? Ele ficou com a sobrancelha arqueada, o que era aquela mulher bizarra, o que ela sabia sobre dor, sobre amor, sobre o que ele fazia, ela não via nada.
Ela continuou, um dia alguém achou abrigo na dor, era poético sofrer e não precisa nem viver para isso. Um sofrimento do escuro, de falar, não é fácil. Você é fraco,acha que solidão é vitória, tenho pena de você. Numa pose quebrada e inválida de homem. O que você acha lhe reserva essa vida? Você tem medo das mudanças, medo do que vão dizer poruqe sua arrogancia não permite que você aprenda, você é um pobre, pobre menino que foi amado demais, e foi tão amado que num soube digerir dentro de você que amor traz consigo calor,dor, e ardor - Nesse momento eu o vi, calar, pela primeira vez os pensamentos, ele nao agora mais julgava o que ela dizia sem querer o pensamento dele agora entrava na roda dela.
Ainda ela fez o pior, disse que iria lhe deixar, porque não precisava lhe dizer mais nada, ele era o fracasso por si mesmo, desesperado, sem rumo, fugitivo. Vitimado por si mesmo. Posição Mórbida de conforto, muito mais fácil viver de traumas passados que se arriscar a viver os novos. E não tente te convencer que eu não vejo seu lado, porque o grande problema é que eu não me preocupo com seu lado. Vá se isolar, mas se isole de verdade, porque aqui, não tem assistência pra que não vive.
Ele foi embora, se isolou na cidade, ao meio de amigos auto sentenciados melhores, ao meio de teorias frustradas, ideologias sem fundamento, sofrimento dito maior, melhor sabedoria, na sua ignorancia e egoismo. Mas o que machuca mesmo é saber que essa mulher que lhe disse tudo isso,\té hoje não foi atrás dele.
Patético.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Vai no cabelereiro ...

Realmente não sei se existe tal história de se achar a tampa da panela, e saltando de gato pra lebre ....

Quando eu era pequena, menor do que eu sou hoje, meus cabelos ganhavam vida própria, e travavam brigas homéricas uns com os outros, fazendo assim os maiores nós da história!

E estranhamente voltando de lebre pra gato, numa noite que se eu não se se tinha estrelas, que eu não lembro se tinha orvalho, achei algo peculiar para o meu cabelo. Ao lado de uma fogueira, num beijo empurrado, achei um pente sem 8 dentes.
















Os nós nem me incomodam mais.

Laís Castro.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

do ódio.


"Cabeça vazia oficina do diabo"

Meu diabo é assassino.
Ciumento
Irritado
Meu diabo já pensou em 3 diferentes maneiras de tortura, e não tarda elas virão.
Meu diabo perdoa, mas não desculpa.
Meu diabo não esquece. Ele está longe de ser louco.


Meu diabo meu orgulho.
Que não esquece.
.











Laís Castro.

segunda-feira, 27 de julho de 2009




Janelica Redonda


(fato verídico ocorrido antes da decisão da postagem - fucei uns cadernos e achei esses textos que foram escritos num avião, a caminho do rio de janeiro, há uns bons dois anos atrás, fiquei feliz que não se perderam).



A mim soam como sambas ....





As garras do teu olhar me pegaram de jeito

Logo eu tão bom sujeito

Guardei-me a vida inteira para o grande amor

Chegou!

Fez carnaval aqui no peito, acalentou-me em seu seio

E depois me abandonou


Vivi um romance de um só lado

Meu amor foi pré-datado

Estou eternamente condenado a não resistir

Completamente saciado ao te ver sorrir

Estranhamente atrelado ao teu "hei de vir".







Todos são Placebo


Vamos lá, recomeçar

Depois do tombo é preciso andar

Te levo hoje, no bolso mais de dentro

Meu mais suave tormento

-sei-

Nunca vai me libertar

Posso ter quem desejar, mas todos eles são placebo, sempre tem o teu lugar.

E não se desaponte

Somos como sol no oriente

Quando surge no horizonte

Nossa noite ainda é quente.







Laís Castro.

domingo, 19 de julho de 2009

quarta-feira, 8 de julho de 2009




Isso não é amor, é narcisismo.

Isso não é amor, é loucura.

A loucura é generalizada . Isso porque as pessoas se esquecem de cultivar flexibilidade mental para mudar o rumo na hora certa, e permanecem assim agarradas demais a ideação do que seria amor.


Tenho pena, pena da fidelidade imposta pelo conto de fadas, da idéia pré moldada de como as relações humanas devem funcionar, pena.

Narciso que se reflete em outro é ainda mais digno de pena.

Egoísmo de amor é ainda mais triste.



Todos tem direito de sofrer mas só os tolos não assumem um fracasso de uma vida não existente. Não digo para deixar de sofrar, jamais, Deus te livre. Mas sofra meu bem, por ti e não pelo que não fizeram de você.





Um a mais ou um a menos, não me trará mais grandes cicatrizes

Marcha fúnebre.

Os Brancos que se entendam.



Laís Castro

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Sonho passado em Verde e Rosa










Se eu fosse Mcfly ...




Acordaria no morro da Mangueira.
Seria Preta.
Teria bunda.
Andaria de Vestido de Chita.
Verde e Rosa que é pra nunca deixar de amar.

Chamaria meu marido de Negô.


Iria pro samba com 5 crianças,
E pra gafieira encomendar outras tantas.

No domingo feijão garantido, samba, cerveja e rebolado bonito.
Teria um cachorro chamado Alfredo.
Estaria sempre atrás de dinheiro.
Seria feliz de cantar Cartola até de manha cedo.

Correria sempre atrás de um amor. Estaria sempre sofrendo de dor
Acharia um sapo perfeito
Daria um beijo
E até deixaria me chamar de Flor.


Laís Castro, em um momento que eu desejo muito ser preta, sambista e saber cantar.






domingo, 3 de maio de 2009

Skywalker.

"não há ninguém capaz de ser isso que você quer vencer a luta vã e ser o campeão"







O cansaço, é esse o sentimento.

Os ombros dõem, o coração dói, os joelhos estes aguentaram mais do que deveriam, o rosto ganhou 30 anos em meses, e a garganta aperta, a gastrite ataca, e a mente já nem pensa, só faz, concorda, pois não há nem mais o que me faça ter coragem de gritar, nem vontade de tentar ou desistir.

Talvez se eu controlasse o tempo poderia moldar minha mente nos moldes do que foi pedido, no caderninho de anotações. Pena não possuir dom algum.

Pena mesmo, eu só hoje não ter cansaço só de um fardo tão grande que carrego em mim. Um amor. Um amor por alguém, que nem mesmo lê nos olhares calejados que a única coisa que peço é um pouco de paz, na forma de um abraço.

Assim, minha mente que já não se ocupa fica inventando historias que tornem as coisas mais fáceis, o medo traz raiva e na raiva é mais fácil fazer pois não se leva em conta o ato de se arrepender.

Estou cansada, é fato. Mas não estou farta, conseguiria passar alguns outros anos assim, apagando os dias e as mágoas, e carregando a culpa sobre mim mesma. Enxergar aquilo que cada vez em convenço mais que só eu posso mesmo ver.

Acho que amar é o jeito mais fácil e doce de enlouquecer, tudo pelo medo de perder aquilo que não se tem.


Faço aqui meu último voto de silêncio sobre tudo que eu cansei de dizer. Omitir não é uma falha tão grave quanto mentir não é mesmo?




Laís Castro.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Una Paloma Triste.




Sofia tinha uma dor crônica de garganta, e não havia remédio que lhe curasse.
Foi então que soube, a causa era angústia.
Embarcou no primeiro avião para a Espanha.
Almodovar já sabia, mas ela descobriu
Só se sofre em espanhol.
Só se vive uma vez.
E a cada escolha, morre-se um pouco
Mas que outra certeza temos senão o morrer?
Sofrer pela certa razão, morrer só porque fomos destinados a viver.
Tem de haver razão então para tanta sentimentalidade.
E as escolhas são sempre de Sofia.
.
Laís Castro.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Ouve-se música, I feel the blues.



Ponha na ponta da agulha, toque a vitrola.


Envolvente sensação de paixão por tudo ao redor, sexualidade aflorando em um ritmo desconcertante, uma paz inquetante que se procura pela noite nos copos de vinho e naquelas possessões que nem de longe lhe pertecem.


Faça a si mesmo um favor. Toque um blues, para que encontre poesia na solidão.


Encontre assim uma razão de ser na melancolia que não afugente seu estado de espírito.


Ser feliz é também saber ser triste

Ser o que quer ser ... Ah, para tal
"you have to feel the blues."





Laís Castro



segunda-feira, 2 de março de 2009

Fica pra outra vez ...



Quero de volta o sofrimento do amor patético poético!
Poder chorar no travesseiro, e me desgastar emocionalmente porque não ganhei um beijo embaixo da escada. Quero voltar pro dia em que confundi flechada de cupido com cicatriz de BCG. Quero ler Anne Frank e sofrer com a mocinha. Quero chegar em casa inchada de tanto chorar pelo olhar do eleito do colégio.
Porque agora a dor que corrói é de quem provou de um Amor Químico.
E os pensamentos líquidos daquilo que eu queria esquecer me infiltram veias, artérias e vias repiratórias. Até mesmo as lembranças vem equipada de pequenas navalhas prontas para estripar. É como ácido clorídrico concentrado. É a minha consciência saber que novamente provas são ignoradas, e poderia ser mais? Tudo é Retorno Baby.
Quem sabe que hoje (mesmo já tendo dificuldades de desocupar outro ponto que insites em me tomar) não existe resitência? Talvez o tal Amor Químico seja só amor e por pura teimosia isso vai me bastar para adormecer outro vulcão ativo com canções de ninar. Não faço mais exigências, no meu plano havia mais, mas por agora, é mais do que bastante para me manter lúcida e "nojentamente" confortável um olhar de endereço certo.
Crie consciência que na vida e na biologia, seres sensíveis são as criaturas mais egoístas, ariscas e impenetráveis do reino animal.



Laís Castro.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Meu Quixeramobim.


Declaro então meu feriado nacional. Estive hoje o dia todo por mim. Em 24 horas fui a mil lugares, todos dentro de mim. O dia do individual soaria depressivo se minha casa ,hoje pra mim, fosse como ontem. Em que não me fazia lar. Soaria solitário dizer que amei minha parede que aguardava ali mais um poema. Soaria intelectualizado dizer que tenho escritores que hoje me carregaram nos ombros para o meu reflexo em um espelho. Soaria monótono dizer que abrandei saudade fechando os olhos. Soaria pouco dizer que hoje o mundo resumiu-se em mim. Ainda bem que eu sei da minha significancia a mim mesma. Hoje não é dia de modéstia, hoje é meu dia de querer. Ego-ísmo. Foi hoje que li e percebi, foi hoje que assisti, hoje eu pensei, hoje até o tédio me fez reparar que só há tédio no que é vivo. Pela primeira vez em meses não invejei os pardais feios dos fios de luz. Hoje eu quis ficar.
Um dia como esse deveria ser momorável e foi. Ocorreu um reecontro entre meu olhar, meu toque e minha alma. Estive há muito perdida em águas rasas, mas tive pernas. [ainda bem que as tive] Mantive sonhos, mantive olhos, e esqueci um coração. Que com toda essa poesia não poderia ter sido num lugar tão longe assim.
Senhoras e senhores, não vão embora por favores.
Aqui estou e não vou a lugar algum a menos que o pulso do meu pâncreas me impeça.




Laís Castro

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

o 3 andar do céu.


Laila sempre teve o dom de voar, cada um na sua familia tinha uma coisa que o outro desejava muito, e por isso era uma família um tanto quanto desunida e invejosa,mas concordo na idéia cética de família são muitas pessoas desejando um ideal do que poderia ter sido bom.
O sonho do irmão Pedro de Laila era voar. Logo ,ela, a quarta filha, nasceu com lindas asinhas nos pés, nas costas e duas muito bonitinhas atrás das orelhas. Laila nã conseguia por nada controlar as asinhas dos pés, quando ela andava as asinhas batiam, quando queria voar, mas era por nada que ela colaboravam, a menina pedia chorava gritava espeneava e neca da asinha funcionar, suas asinhas das orelhas funcionavam é claro, mas eram suficiente só para o peso da cabeça da menina que de tanto tantos sonhos era particularmente densa. As das costas também funcionavam bem mas eram tão desengonçadas e nunca tinham direção, portanto os voos de Laila nunca passavam a camada cinza da poluição.
Laila tinha raiva muita raiva, tinha um dom e não sabia usa-lo. E o irmão Pedro tinha mais raiva ainda, algo que beirava a Ira. Pedro era um menino que virou homem muito cedo, não herdou de ninguém o desejo de sonhar, apenas o de ser, ser logo, ser grande, ser bom, ser muito, e por isso Pedro era o tudo, e mesmo assim não possuia nada, nem a si mesmo e tudo que Pedro queria era voar para tão além do existente onde pudesse construir tudo e não tivesse tempo de lastimar que qualquer invenção não fosse de sua autoria.
Laila e Pedro quase nunca se viam, mas um dia uma borboleta sabichona que passava por ali tebv a idéia de união que tanto lhes faltava, mas não podia perder tempo. Borboletas só vivem 24 horas.
A borboleta guiou Pedro por entre os escombros de uma construção onde o sol refletia em um poço com gotas de água que se acumluavam da chuva, e lá estavam larvinhas tão nojentas, mas ainda assim vida, recriando de um lugar morto, e viu que elas encolhiam e esticavam e muitas se encontravam mas recriavam. Pedro viu então que poderia recriar mesmo de onde tivesse nada, que a criação poderia ser de outro lado e ainda sim Pedro seria belo.
Laila chegou na mesma construção, e lá ela já tinha ido noites atrás em sonho. Mas era um lugar tão belo, tão belo com borboletas e mariposas, não haviam larvas. Laila sempre gostou da beleza e não do belo, não enxergava nunca os caminhos do êxtase, apenas o prazer. Por isso ela disse a Pedro:
_ Me dá a mão para alcançar o céu?
Pedro riu, ele não sabia voar e Laila nem mesmo se pudesse conseguria, mas já que tinha visto a beleza de se ter esperanças em poços de chuva pq não na mão de uma pessoa amada?
Os irmãos deram-se as mãos, os pés de Laila fizeram menção de exitar, mas Pedro a acalmou, sennão conseguirmos temos um ao outro para lastimar, mas se tentarmos temos um ao outro para ensinar. Os pezinhos de Laila consguiram pela primeira vez em linha reta, e com destino.
Atravessaram 1, 2, 3 nuvens, até que chegaram no céu cor de rosa onde a culpa não alcança pois sabe-se que lá só vai aquilo que dura o suficiente para ser valorizado, sentimentos que são como aquela borboleta duram 24 horas mas aplicam o efeito para duas vidas e um sonho.



Laís Castro em um momento texto de auto-ajuda, também me causa estranheza ...

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Quando se derrama o sangue.


"Falo, não calo, não falo
Deixo Sangrar

Algumas lágrimas bastam pra consolar.

Tudo mudou, não me iludo
e contudo.
É a mesma porta sem trinco,
o mesmo teto

E a mesma lua a furar nosso zinco"

Como dois e dois - Caetano Veloso


Para se sentir vivo? Mate o outro.
Sangue que corre nos mostra vermelho de pulso, cor rara de rubi.
Sangue meu mesmo, não tem valor ou cor ao meus olhos, por isso não se de ao trabalho de tira-lo.Talvez por possessão e ciume, por isso se contente amado, não será seu.
Sou egoísta ao ponto de tranca-lo, a 7 chaves num negro coração.

Guerra e Sofrimento são Amor e Paixão, distorcidos em algum momento do seu pensar.
Não se iluda, porque mudança só existe quando duas partes querem ver, todos nós somos egoístas e nosso sangue é multicor, mas o vermelho do outro que nos faz deslumbrar.

A opção de enxergar o mundo todo em visão de rio ou mar. Está aí, no momento que seu pensamento foge por um momento pequeno e já com destino certo. Então eu te pergunto. Na hora da fuga, você irá se importar?
Existem aqui pés para guiar e muito mais, existem mãos para afagar.
Na hora a fuga, o que irá acontecer?
Eu não sei.
Juro.
Mas não me comove mais o vermelho rubi, quero saber o que tem além.
O mais do mesmo não termina aqui.
Duas lágrimas valem mais do que 7 anos de análise sim?



Laís Castro