segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Ao Infinito e Além.



É desesperador procurar o ouvido do destino.

É para ti que grito!
Registre aí, a busca de quem não sei as fuças.
Traz bem de volta, aquilo que só é meu e não conheço.
Deixe muito bem explicado o caminho que tem que tomar.
O endereço e a cama de quem ele vai deitar.
Lhe explique que amor é anarquia regrada.
Já se foram maços e fumaças.
Ao infinito e Além
Já se foram taças e garrafas.
A todos e a Ninguém
Já me fui pouco e toda a farsa que machuca
Pra quem foi e pra quem nem.
Destino,
Faça as coisas a sua maneira.
Sem apressar o tempo.
Mas me traga, quem já saiba voar.

Laís Castro







"Ah, eu quero te dizer
Que o instante de te ver
Custou tanto penar
Não vou me arrepender
Só vim te convencer
Que eu vim pra não morrer

De tanto te esperar
Eu quero te contar
Das chuvas que apanhei
Das noites que varei
No escuro a te buscar
Eu quero te mostrar
As marcas que ganhei
Nas lutas contra o rei
Nas discussões com Deus
E agora que cheguei
Eu quero a recompensa
Eu quero a prenda imensa
Dos carinhos teus"

Chico Buarque

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Transbordou:




Troquei o dia pela noite
Não consigo mais dormir.
Dormir nesse trapiche
As avós avisam, quem fica no sereno se constipa.
Queria no lugar do relento, um lugarzinho.



Laís Castro



"Ya no la quiero, es cierto, pero tal vez la quiero.
Es tan corto el amor y es tan largo el olvido.
Porque en noches como ésta la tuve entre mis brazos,
mi alma no se contenta con haberla perdido.
Aunque éste sea el ultimo dolor que ella me causa,
y éstos sean los últimos versos que yo le escribo"

Pablo Neruda.