terça-feira, 25 de novembro de 2008

Dilaceração.




Vou te explicar.
E daí pra frente é o que você achar.

Só é isso aqui,porque eu escolhi assim.

Foi passeio na praça de mãos dadas, mas na madrugada. O engraçado mesmo é que eu não pegava na sua mão.
Medo de breguisse, repúdio ao romantismo.
Longe de mim Amor, pois nos poemas sempre vem rimadas de Dor.
Escolhi entender que existe entre indiferença e amor um meio com todo o resto.
E devagar sem pressa, você acha os 7 erros.
Assumo,
O medo mesmo é gostar dos 7 erros.
Não ligar mais, só gostar e perder a noção do motivo do gostar.
Mas sorte a minha e sua que entre a indiferença e o amor existe todo o resto


"E isso tudo é uma confusão, mas é a minha confusão".


Laís Castro

terça-feira, 18 de novembro de 2008

BlackBird


Charles ainda gritava, pedia por favor.
Mas todos procuravam um modo de gritar ainda mais alto.
Charles achou um caminho novo, mas ninguém podia ouvi-lo.

Ele fugiu de um plano para a dimensão.
Escapou.
Quando deram sua falta ...
Fizeram para ele uma corrente de ouro.
Ele estava preso, mas era:
"Para seu próprio bem"
[Charles pisioneiro dizia sempre:

_ Sorriam hienas, não fui o suficiente.


Laís Castro.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

De volta para o pretérito imperfeito


Há alguns segundos outra fada pousou na janela, sempre trazia histórias, desse tempo trouxe uma teoria. Discursava balançando as asinhas e mexendo as mãozinhas: "Acho que poetas e pessoas provém de diferentes camadas evolutivas ou tipos humanos. Os poetas sempre fazem a curva interessante da minha linha de pensamento, organizam tudo aquilo que meu cérebro gelatinoso faz questão de manter amorfo. As pessoas nunca entendem ou veêm, as pessoas, veja só, julgam quem são os bons poetas. As pessoas só olham mas nunca enxergam, os poetas possuem nos olhos microlupasfotográficas. As pessoas são, os poetas tentam. E por mais que queira eu viver como poeta, minha existencia depende de máscaras moldadas sobre olhares. E eu acho que isso é sinal de psicose".
Depois disso descobri, fadinhas são sábias tolas e por isso existem só até os 8 anos.


Laís Castro

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Comédias de uma vida depravada



À Manuel Bandeira.

"O fumo vem a chama passa"

Levanta

Se o teto de pesa, precisa ver a face negra da lua, sentir a mão do sereno.
Procurar o que há de sincero nas aparências, não são todos pardos. Aquelas curiosidades ocultadas sob o disfarce da paixão.
Frequentar aqueles mesmos olhos que te lideram às ternuras malquistas, e que te fazem procurar os casamentos dos espanhóis quando há uma chuva e poucos sóis.
Maldiga os escritores que te dissecam em palavras.
Já deu boa noite ao telejornal? Foge do medo no rastro da luz, põe aqui na mochila e segue teu caminho.
Tranque a 9 chaves tudo que lhe condenar sentimental.
Imploda a escola, melancolia sempre tem espaço no tudo que contém nossa sacola.
Na apresentação arreganhe 12 dentes.
Compra ali o outro maço, ansiedade que é negada

"O fumo vem a chama passa"




Laís Castro