segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Se já se faz calmaria









Das faces de mineiro que se abre em flor
Quando vê que a praia não é daquelas com areia grossa.
Que calça o pé de finos grãos e abre-se a imensidão do azul de consumação.

Da alegria de na roda de samba, conquistar 3 pares de olhares.
Ao ver que uma branca interiorana sabe sambar.

Do genuíno sabor de me encontrar em páginas de baianos espalhados pelos clássicos de um Brasil.

Da verdadeira fruta da alegria de me saber eu, voltada a mim.
De saber da fidelidade do tempo a cura dos males.
Ao saber que inverno sempre acaba, para que me cheguem as sonhadas noites de verão.
Não me gosta o frio, tenho prazer no estrelar fresco dos dias quentes.

Digo que tenho paz e felicidade. De dia certa, de noite trêmula. Como chama de vela do dia quinto. Mas que queima até o sétimo.

Esse gosto de saber, que a roda de samba é só minha. Que sinto o batuque, sinto tambor, e sinto coração, sinto pele, sinto suor. Sinto Viva.
Procura tuas baianas que vendem teu acarajé pra tua fome.
Branca Mulata de Alma morena, não deita mais em rede na praia.

E saiba, teus olhos estão embaçados, por maldição de terreiro de mulher já superada, fechados para o céu de estrelas e teu ombro sintirá apenas o sereno da noite aberta. E ainda assim, essa alma de cor, te deseja somente a paz da praia branca e alva na noite de sonhos.







Laís Castro

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